Patrocínio

Paraná anuncia patrocínio máster com casa de entretenimento adulto de Curitiba

Torcida feminina criticou chegada da Evidence 5000 divulgando dados sobre prostituição no Brasil

Paraná anuncia patrocínio máster com casa de entretenimento adulto de Curitiba

03 de abril de 2023

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O Paraná Clube anunciou a Evidence 5000 como a nova patrocinadora máster. A nova parceira é uma conhecida casa de entretenimento adulto de Curitiba (PR). E isso acabou gerando desconforto entre os torcedores.

O clube justificou o acordo dizendo que Marcelo Aparecido Ferreira Domingues, dono da Evidence 5000, é torcedor apaixonado do clube.

“O Paraná Clube precisa de ajuda para essa competição que está começando e estou fazendo meu papel de torcedor e empresário, que é de contribuir com o clube nesse momento. É um patrocínio sério e que visa ajudar na causa principal do Paraná que é de conseguir o acesso”, declarou Domingues.

Segundo o clube paranaense, o empresário também ajudou o Paraná a conseguir mais patrocinadores.

“Esses novos apoiadores fecharam conosco recentemente e também vão estampar suas marcas na camisa do Paraná. Precisamos da união de todos os paranistas para conseguir nosso objetivo que é de buscar o acesso à primeira divisão do Paranaense”, acrescentou Helton Caron, superintendente do Paraná.

Segundo dados levantados pelo ge, o valor do patrocínio é de R$ 50 mil por mês. O contrato tem duração de seis meses, totalizando R$ 300 mil.

Sobre a polêmica, a torcida feminina Gralhas da Vila divulgou uma nota de repúdio em sua conta do Instagram pela chegada do patrocínio. O grupo lembrou uma série de dados que colocam o Brasil entre os países com maior incidência de prostituição no mundo.

Segundo a torcida, o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking de exploração sexual de crianças e adolescentes, sendo o primeiro colocado na América Latina. De acordo com números do Unicef para 2010, havia 250 mil crianças sendo exploradas sexualmente no país.

De acordo com as Gralhas da Vila, meninas se prostituem por R$ 2 em Roraima e por R$ 5 no Nordeste. Na zona leste de São Paulo haveria menores de idade sendo exploradas sexualmente por R$ 20.

“Quando aceitamos que alguém estampe em nossa camisa algo que é favorável a tudo isso, estamos validando a exploração e objetificação de corpos, em sua maioria – e nesse caso, talvez até de forma total – femininos”, destacou a torcida.

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