Indústria

Presidente da FIA é acusado de travar aprovação do Circuito de Las Vegas

O denunciante teria recebido ordem a mando do dirigente para achar formas de não atestar a segurança da estrutura do GP

Presidente da FIA é acusado de travar aprovação do Circuito de Las Vegas
Foto: Mandoga Media/Getty Images

11 de março de 2024

2 minutos de Leitura

Além de estar sob investigação por tentar interferir no resultado do GP da Arábia Saudita de Fórmula 1, revertendo punição para Fernando Alonso, o Presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) foi acusado de mais uma infração.

De acordo com a BBC, Mohammed Ben Sulayem teria “dificultado” a autorização do circuito de Las Vegas para a realização de corridas. O denunciante, que também revelou a suposta interferência na Arábia Saudita, teria recebido um pedido a mando do dirigente para achar formas de não atestar a segurança do circuito.

O relatório detalha que os oficiais foram incapazes de encontrar quaisquer problemas na estrutura do GP, e assim certificaram a pista como apropriada para a corrida. Trazendo mais detalhes, o autor da denúncia afirmou que problemas deveriam ser identificados, independentemente de sua existência verdadeira, com o objetivo de impedir a licença.

Segundo a emissora inglesa responsável pela apuração, os outros envolvidos no processo de licitação teriam expressado relatos diferentes contrastando com o depoimento do denunciante.

Acusação do GP da Arábia Saudita

A alegação é, que durante o GP da Arábia Saudita no ano passado, Ben Sulayem teria entrado em contato com Abdullah bin Hamad bin Isa Al Khalifa, Vice-presidente de esportes da FIA na região do Oriente Médio e Norte da África, e disse ao executivo que a penalidade de dez segundos do piloto Fernando Alonso teria sido injusta e deveria ser revogada.

O auditor interno que redigiu o relatório, Paolo Basarri, disse que o delator afirmava que Ben Sulayem havia essencialmente esperado ou solicitado que a punição de Alonso fosse cancelada. Enquanto isso, espera-se que o comitê de ética leve de quatro a seis semanas para apresentar relatório sobre o caso.

Várias integrantes da F1 e pessoas próximas à FIA confirmaram à BBC a informação e sua veracidade. Se for confirmado, a ação poderá gerar sérias consequências para o dirigente.

Compartilhe