Indústria

Copa do Mundo 2027 e a importância de um trabalho de ativação no longo prazo

Evento realizado no Brasil vira oportunidade para marcas trabalharem o futebol feminino por um período maior

Copa do Mundo 2027 e a importância de um trabalho de ativação no longo prazo
Foto: FIFA

20 de maio de 2024

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Na última semana, o Brasil foi anunciado como sede da Copa do Mundo Feminina de Futebol em 2027. Em eleição durante o Congresso da Fifa, na Tailândia, a candidatura brasileira derrotou a europeia formada por Alemanha, Bélgica e Holanda, por 119 votos a 78.

Ainda que no caminho tenha o Mundial masculino, em 2026, que será realizado nos Estados Unidos, México e Canadá, o anúncio três anos antes denota que se inicie uma comunicação voltada à Copa Feminina com antecedência, até pela curta janela entre os dois torneios.

“Com a Copa do Mundo sendo realizada no Brasil, o mercado vai olhar para nós com uma boa oportunidade pra começar uma jornada. E eu falo jornada porque é exatamente o mantra que a gente usa na ODDZ. É assim que trabalhamos com todo os nossos clientes. A grande questão é não olhar isso de uma forma oportunista, momentânea ou de curto prazo. Mas você investir no futebol feminino não é olhar os números e as consequências no ano que você começou a investir ou no ano seguinte. É olhar um espectro, com o que pode acontecer no futuro”, disse Eduardo Baraldi, Co-CEO da ODDZ Network, de propriedade de Ronaldo Nazário, em entrevista ao MKTEsportivo.

Segundo o executivo, o movimento de deixar para realizar ativações em cima da hora é algo comum, ainda mais em eventos esportivos cujo ciclo é maior, não anual.

“Era algo comum, muitas marcas procurarem ativar só na Copa do Mundo, por isso, vale levantar essa questão nesse momento. Quando você olha a Copa do Mundo masculina, a gente tem uma janela de anos de preparação, porque são contratos longos. Isso precisa ser replicado nos eventos femininos também”, acrescentou.

A visão do executivo é corroborada por Tamires, atleta da Seleção Brasileira e do Corinthians. A jogadora destacou que a visibilidade que uma Copa do Mundo oferece é “incomparável” e que inspira muitas meninas e mulheres pelo país. Neste sentido, as marcas poderão exercer um papel fundamental ao se adiantarem em investimentos e ativações de olho na competição.

“Em 2023, a gente viu muitas marcas deixando para decidir na última hora o que iam fazer com os seus patrocínios e tudo mais. Vale dar uma cutucada no mercado sobre quando eles deveriam começar a se posicionar. Não deixem para ativar em cima do evento”, finalizou Baraldi.

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