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Levantamento da EY aponta que receita dos clubes brasileiros bateu R$ 11.1 bilhões em 2023

Empresa de consultoria destaca que houve um crescimento de 274% na arrecadação no período de 2014 e 2023

Levantamento da EY aponta que receita dos clubes brasileiros bateu R$ 11.1 bilhões em 2023
Foto: Thiago Ribeiro/AGIF

29 de maio de 2024

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Segundo o levantamento anual realizado pela EY, a receita de 31 dos 40 clubes participantes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro alcançou R$ 11,1 bilhões no ano passado. Um incremento de 274% na arrecadação no período de 2014 e 2023. Em relação a 2022 (R$ 8.4 bilhões), aumento de 39%.

Como não haviam publicado seus balanços, Cruzeiro, CRB, Ituano, Juventude, Londrina, Mirassol, Novorizontino, Sampaio Corrêa e Tombense ficaram de fora do estudo.

“Quando falamos da receita total, um ponto se destaca: as cinco maiores receitas de 2023 (Flamengo, Corinthians, Palmeiras, Athletico-PR e Fluminense) representam 42% do total. Pelo 3º ano consecutivo e apresentando faturamento recorde, o Flamengo é o único clube a ultrapassar a marca de R$ 1 bilhão em receita total”, observa Pedro Daniel, diretor executivo de esporte da EY.

Um adendo a respeito dos direitos de transmissão e premiação. Em 2023, os clubes da Liga Forte União (LFU) venderam parte dos seus direitos comerciais do Brasileiro das temporadas de 2025 a 2074 (50 anos), isso impactou no crescimento desse grupo de receita em relação ao ano anterior.

Desta maneira, 40% do valor ficou entre Fluminense, Flamengo, Internacional, Botafogo e Athletico-PR.

“O Fluminense aumentou suas receitas de direito de transmissão e premiação em 256%, alavancado também pela conquista da Libertadores, que rendeu R$ 129 milhões”, acrescentou o executivo.

No campo do matchday, as conquistas da Copa do Brasil e da Libertadores aumentaram em 60% e 106% os faturamentos de São Paulo e Fluminense, respectivamente, quando comparado a 2022. Já com o fator Arena MRV como novidade, o Atlético-MG teve aumento de 26%.

Em endividamento, a EY leva em consideração o endividamento líquido, empréstimos e tributário. Em 2023, o Botafogo foi o clube que apresentou o maior endividamento líquido, sendo 11% do valor total dos clubes e o único a superar R$ 1 bilhão.

Junto com Corinthians, Atlético-MG, Vasco e São Paulo, o endividamento líquido dos cinco clubes representa 44% do total. Por outro lado, Flamengo, Atlético-MG, Internacional, Coritiba, Sport e Fortaleza reduziram suas dívidas em 75%, 48%, 21%, 12%, 40% e 80%, respectivamente, em relação a 2022.

Em endividamento tributário, o Corinthians liderou com valor acima de R$ 600 milhões, seguido por Botafogo (R$ 443 milhões) e Fluminense (R$ 398 milhões).

“Enquanto as dívidas tributárias aumentaram em 7%, os empréstimos e o endividamento líquido total diminuíram em 23% e 9%, respectivamente, em relação ao ano anterior. E em valores absolutos, a queda do endividamento líquido representa, aproximadamente, R$ 900 milhões. Movimento também afetado pelas receitas provenientes das vendas de participação na LFU”, finalizou Pedro.

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