Coluna

A ascensão das startups esportivas: onde há problema, existe oportunidade

No dinâmico universo do esporte, a inovação se revela como um pilar essencial para o crescimento e a transformação da indústria

A ascensão das startups esportivas: onde há problema, existe oportunidade

27 de junho de 2024

6 minutos de Leitura

Ivan Ballesteros
Ivan Ballesteros
CEO e fundador da Esporte Educa, primeira EduSportech brasileira com foco em reescrever a relação do esporte com a educação dentro do país

No nosso último encontro, começamos a desbravar o universo das startups no esporte. Abordamos o que define uma startup, seu foco em inovação e escalabilidade, e como essas empresas emergentes podem transformar a indústria esportiva. Além disso, categorizamos as startups que podem atuar no esporte em quatro tipos distintos:

Específicas: atuam exclusivamente no esporte;
Híbridas: conectam o esporte a outras indústrias;
Catalisadoras: inserem inovações de outros setores no esporte;
Evolutivas começam no esporte e expandem para outros mercados.

Com exemplos práticos, ilustramos como cada tipo pode resolver problemas relevantes no setor. Agora, vamos explorar as áreas da indústria esportiva e suas oportunidades, adaptando um estudo global para o contexto brasileiro. No dinâmico universo do esporte, a inovação se revela como um pilar essencial para o crescimento e a transformação da indústria.

O Arena Hub, com Fernando Patara, foi o autor desses pontos, e, na minha visão, é o melhor adaptado para o momento do mercado brasileiro.

Áreas com oportunidades na indústria do esporte para criar soluções inovadoras:


Engajamento dos fãs

‣ Comportamento do fã – Consumidor 360

‣ Melhores experiências para fãs

‣ Cross-selling e upselling

Fanbase: Fanbase é uma startup brasileira focada no engajamento de fãs. A empresa desenvolve soluções que permitem aos clubes esportivos entenderem melhor seus torcedores, oferecendo ferramentas para coletar dados e criar experiências personalizadas. Isso inclui desde interações em tempo real durante eventos esportivos até campanhas de marketing direcionadas, ajudando a aumentar a lealdade e a participação dos fãs.

Performance Humana

‣ Melhoria da eficácia de treinos e ensaios

‣ Antecipação de problemas de saúde

‣ Neurociência com foco em performance de atletas

Sensorial Esportes: é uma startup brasileira que atua na área de neurociência aplicada ao esporte. Ela desenvolve tecnologias e métodos para melhorar a performance humana através de análises neurológicas e comportamentais. Utilizando ferramentas avançadas, a Sensorial Esportes ajuda atletas e equipes a otimizar suas capacidades cognitivas e físicas, promovendo um melhor desempenho e bem-estar.

Espaços e coisas inteligentes

‣ Melhoria de segurança (biometria e reconhecimento facial)

‣ Eficiência no uso de espaços

‣ Novas experiências em Arenas

BEPASS: é uma startup que fornece tecnologia de reconhecimento facial para entradas em estádios e outros eventos esportivos. Sua solução permite a identificação rápida e segura dos torcedores, reduzindo filas e aumentando a segurança. O sistema da BEPASS é utilizado para agilizar o acesso e garantir uma experiência mais fluida para os fãs que frequentam jogos e eventos esportivos.

Inteligência de negócios

‣ Digitalização de processos e documentos

‣ Agilidade com aumento de comunicação e colaboração

‣ Diminuição de perdas financeiras e de informações

SPORTI: digitalizou os processos manuais na organização de campeonatos e súmulas, eliminando a necessidade de uso de papel. A startup oferece uma plataforma que facilita a gestão de eventos esportivos, desde a inscrição dos participantes até a publicação dos resultados. Com a SPORTI, clubes e ligas podem gerenciar suas competições de forma mais eficiente e transparente, melhorando a organização e a experiência dos envolvidos.

e-Sports

‣ Desenvolvimento de jogos

‣ Relacionamento com público jovem e criação de comunidades

‣ Potencialização das marcas e faturamento com atividades digitais

Neverest: é uma startup brasileira do tipo SaaS, focada no treinamento e desenvolvimento de atletas para esports. A empresa tem como missão impulsionar gamers desde o nível iniciante até o profissional, oferecendo suporte de segunda a domingo. A solução da NEVEREST inclui uma jornada de aprendizado gamificada em vídeo, aulas ao vivo e uma rotina diária de treinos, proporcionando práticas que ajudam os jogadores a atingirem o próximo nível. A startup atua tanto no B2C quanto no B2B, atendendo tanto consumidores finais quanto marcas.

Mídia e Conteúdo

‣ Criação de conteúdo baseado em dados e inteligência artificial

‣ Compartilhamento de melhores práticas de criação de conteúdo

‣ Monetização de conteúdo digital

NWB (Network Brasil): a maior content tech do Brasil especializada em conteúdo esportivo. A empresa produz e distribui uma ampla variedade de conteúdos voltados para o esporte, abrangendo desde vídeos e reportagens até programas ao vivo. A NWB é conhecida por seu trabalho com canais populares como Desimpedidos, levando informações e entretenimento para milhões de fãs de esportes no país.

Impacto social e Sustentabilidade

‣ Soluções para desafios da sociedade

‣ Apoio em programas do Governo do Estado de SP

‣ Geração de dados sobre impacto econômico-social

‣ Capacitação da indústria esportiva

Play for Cause: é uma plataforma que conecta atletas e fãs para causas sociais. A startup organiza eventos e campanhas onde parte dos recursos arrecadados são destinados a projetos sociais. A Play for Cause utiliza o poder do esporte para promover mudanças positivas na sociedade, engajando atletas e torcedores em iniciativas de impacto social.

Por fim, vamos listar os atores que circundam esse ecossistema.

Até o momento, falamos bastante sobre as startups, fornecendo exemplos práticos dentro e fora do esporte, além de abordar os tipos de startups que atuam no setor esportivo e os problemas que elas enfrentam. No próximo episódio, falaremos sobre outros atores que compõem esse ecossistema e vamos destacar quem está atuando no Brasil.

Exploraremos os seguintes componentes:

  • Investidores: Capital de risco, anjos investidores e fundos de investimento.
  • Mentores: Especialistas em esportes, tecnologia, negócios e marketing.
  • Incubadoras e Aceleradoras: Organizações que oferecem suporte, conexões, estudos e recursos para startups.
  • Clubes e Entidades Esportivas: Parceiros e clientes potenciais.
  • Marcas Patrocinadoras: Empresas e marcas que apoiam a inovação no esporte.
  • Governo e Instituições Públicas: Órgãos que podem fornecer apoio e regulamentação.
  • Academia e Instituições de Ensino e Pesquisa: Fornecem conhecimento técnico e pesquisas.
  • Eventos: Especializados em inovação, como feiras e summits.
  • Challenges e Premiações: Visam reconhecer, divulgar e acelerar as melhores ideias no mercado.

O ecossistema esportivo é vasto e multifacetado, abrigando uma gama diversificada de atores que impulsionam a inovação e a sustentabilidade. Startups, investidores, mentores, incubadoras, clubes esportivos, marcas patrocinadoras, instituições públicas, academia, eventos e premiações são peças-chave nesse cenário dinâmico.

No próximo episódio, vamos mergulhar  ainda mais fundo nesse ecossistema, desvendando como cada um desses atores contribui para a revolução da indústria esportiva. Prepare-se para uma jornada de descobertas e insights.

Vamos nessa? Te vejo lá!

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